GM confirma novos investimentos de mais de 2 bilhões em fábricas no Brasil


16 de julho de 2009|Sem Comentários
Yeda Crusius, Lula, Dilma e Jayme Ardila - Como se o presidente fosse o responsável pelo investimento da GM

Yeda Crusius, Lula, Dilma e Jayme Ardila - Como se o presidente fosse o responsável pelo investimento da GM

Jaime Ardila, presidente da GM do Brasil, anunciou ao presidente Lula ontem em Brasília investimento de R$ 2 bilhões para o desenvolvimento no país até 2012 de uma nova família de veículos e expansão das fábricas da empresa.

O investimento atenderá a renovação da linha de veículos da marca até 2012 e contemplará o lançamento de novos veículos pequenos, destinados ao Brasil e a mercados emergentes, que integram o chamado projeto Onix.

Dos R$ 2 bilhões cerca de R$ 1,4 bilhão será investido no desenvolvimento dos veículos e na fábrica da GM em Gravataí, onde atualmente já são produzidos os modelos Celta e Prisma, que são os modelos mais vendidos da linha Chevrolet no país e continuarão no mercado.

Os demais R$ 600 milhões serão aplicados em outras operações da GM no Brasil.

Novos modelos

Os dois primeiros modelos do projeto Onix serão fabricados no Complexo Industrial Automotivo de Gravataí, onde a GM do Brasil instalou a fábrica em julho de 2000, com a presença de 17 fornecedores (sistemistas) que produzem partes, peças e conjuntos para abastecer a linha de montagem da GM.

Com o investimento anunciado a capacidade dessa fábrica de Gravataí subirá, em três anos, para 380.000 unidades por ano, três vezes mais do que a capacidade inicial instalada.

Os dois novos modelos do projeto Onix, que devem ser um pouco maiores que o Celta, estão sendo programados para chegar ao mercado a partir de 2012.

Recursos

O governo do Estado do Rio Grande do Sul deve incentivar o novo programa com a postergação no pagamento de impostos.

A GM informou que metade dos recursos necessários para a nova etapa de investimentos virá de resultados da própria montadora. O restante será obtido junto a bancos privados, como o Banrisul, que já prometeu R$ 344 milhões. Negociações estão sendo conduzidas também junto ao BNDES e ao Banco Regional de Desenvolvimento Econômico.

A General Motors assegura que o fluxo de remessas para a matriz terminou e que a subsidiária brasileira passa a ser independente do ponto de vista financeiro.

Gravataí

Esta será a segunda expansão da unidades de Gravataí, que no biênio 2005/2006 recebeu investimentos de R$ 480 milhões, que resultaram no lançamento do Prisma, em outubro de 2006, e a expansão de sua capacidade produtiva para 230.000 veículos/ano.

Na fábrica, apontada como modelo de eficiência na corporação GM, cada trabalhador monta o equivalente a 135 carros por ano (são 90 em São Caetano do Sul, SP) e a manufatura custa US$ 500 a menos que nas outras unidades do grupo.

Estima-se que o investimento ora anunciado pela GM gerará mil novos postos de trabalho diretos no Complexo Industrial Automotivo de Gravataí, considerando as admissões a serem feitas pela GM e pelos diversos sistemistas, com efeito multiplicador em toda a cadeia produtiva gaúcha.

Viva

A montadora está concluindo a aplicação de US$ 1,5 bilhão iniciada em 2007 visando à criação da família Viva, que originou um veículo a ser produzido em Rosário, Argentina. O hatch terá o nome de Agile e será lançado até o final do ano. Parte da verba seria destinada, ainda, à construção da fábrica de motores em Joinville, SC.

A GMB terá acesso a tecnologias desenvolvidas pela matriz, pela unidade australiana ou pela Opel, na qual a GM deve manter participação acionária. Mas é na Ásia, onde estão concentradas agora as operações internacionais da corporação, que a GMB terá parceiros importantes em suas estratégias, seja por meio da operação chinesa em Shangai ou da coreana GM Daewoo.

Desde 2007 a equipe de engenharia e design da GM do Brasil elevou o número de engenheiros e designers brasileiros de 600 para mais de 1.800 profissionais.

Nota do Blog: O presidente Lula disse aos presentes que todo mundo deseja comprar um carro. Ele só se esqueceu que a carga tributário para se comprar um carro ainda é uma das mais altas do mundo e se ele realmente acredita no que diz deveria baixar os impostos possibilitando a meros mortais e pessoas comuns adquirirem carros novos e não as sucatas que sào vendidas em marreteiros das periferias das cidades.

Fontes: GM e Automotive Business.

 

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