Motos com combustíveis limpos e economicamente viáveis


27 de janeiro de 2009|Sem Comentários

Aldo Tizzani

Energia elétrica, etanol, gás natural, células de hidrogênio, biodiesel ou veículos com motores híbridos. Com a missão ecológica de diminuir a emissão de gás carbônico (CO2), o mundo volta suas atenções para os combustíveis alternativos, mais limpos e economicamente viáveis.

Durante o Salão de Detroit, realizado este mês nos Estados Unidos, foi amplamente discutido a fabricação de veículos elétricos e híbridos. Bons exemplos já surgem como, o GM Volt, a nova geração do Toyota Prius, além de vários modelos de scooters elétricos e híbridos.

Segundo pesquisa da consultoria J.D.Power, 62% dos consumidores norte-americanos já estudam a possibilidade de comprar um modelo híbrido. Seguindo esta mesma linha de raciocínio, a indústria das duas rodas irá apresentar muitas novidades nos próximos anos. A Honda anunciou que já está desenvolvendo um veículo elétrico, que deve chegar ao mercado em 2010.

Para o presidente e CEO da marca nipônica, Takeo Fukui, durante os próximos 100 anos da indústria automotiva, a montadora irá reforçar ainda mais a sua capacidade de continuar no avanço das tecnologias ambientais e aplicá-los em seus produtos.

A marca nipônica já fez outras experiências ecologicamente corretas. Em 2004, a Honda apresentou dois modelos-conceito de scooters: o Numo, um híbrido de 50 cm³, e o FCMC que é movido pelo sistema de célula a combustível. A proposta é clara: redução de emissões, excepcional economia de combustível e amplo espaço de armazenamento.

Célula de combustível ou híbrido

O híbrido Numo da Honda usa dois motores, um de combustão interna, dotado com sistema de injeção eletrônica programada; e outro elétrico, que fica na parte dianteira do veículo.

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Já o projeto FCMC da montadora japonesa foi produzido sobre a plataforma de um scooter de 125 cm³ com adaptação especial para receber a célula de combustível. O veículo utiliza um sistema que armazena hidrogênio, sua única fonte de energia, em um ultracapacitador sob alta pressão.

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Em 2007, a Yamaha levou ao Salão Duas Rodas o FC-me. A motoneta com zero de emissão de ruído e poluentes utiliza a tecnologia denominada de DMFC (Direct Methanol Fuel Cell). O protótipo pesa 69 quilos e tem uma potência máxima de 0.95 kW a 1.830 rpm.

Com relação à força, o torque do veículo “limpo” chega próximo ao de um scooter de 115 cm³. Detalhe: a Yamaha foi a primeira marca instalada no Brasil a produzir motocicletas com injeção eletrônica de combustível no país.

Apresentado na 66ª Esposizione Internazionale Del Ciclo e Motociclo — EICMA 2008, o scooter Piaggio MP3 Hybrid também está equipado com dois motores: um à combustão e outro elétrico. O protótipo incorporou um tipo de propulsão na qual os dois motores interagem por via eletrônica e mecânica, capazes de fornecer energia ao mesmo tempo para a roda. O motor elétrico auxilia o motor à combustão, otimizando o desempenho, oferecendo aceleração mais eficiente ao longo dos primeiros metros.

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Elétrica ou a gás

No final do ano passado, a empresa californiana Zero Motocicletas apresentou sua moto elétrica de alto desempenho. Já a venda no mercado norte-americano, a Zero X é alimentada por uma bateria de íon-lítio de 300 Ampéres, com dois modos de programação na entrega de potência. No modo “racing”, a Zero X gera até 23 cv. O preço sugerido do modelo é de US$ 7.750.

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Nesta mesma linha de pensamento, a KTM apresentou seu protótipo, batizado de “Zero Emission Motorcycle”. Com 90 quilos, a moto segue praticamente o mesmo padrão visual dos modelos de enduro/cross. Só falta o escapamento.

Outro projeto interessante é o da israelense Energtek. A empresa colocou nas ruas de Manila, nas Filipinas, a primeira motocicleta movida a gás. Para solucionar o problema do tamanho do tanque de combustível, a empresa desenvolveu uma tecnologia conhecida como adsorção, que permite armazenar o gás em um material microporoso especial.

Pensando no futuro

A AME Amazonas Motocicletas Especiais, em parceria com a Delphi Automotive Systems do Brasil, está em processo final de desenvolvimento da primeira motocicleta bicombustível do país.

Batizada de AME 300 GA, a custom ganhou sistema de injeção de combustível, capaz de funcionar com álcool, gasolina ou mistura dos dois em qualquer proporção. O modelo flex de 300 cm³ e 22 cv deve chegar ao consumidor ainda neste primeiro semestre.

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Vislumbrando um futuro promissor e também para suprir parte de suas necessidades energéticas, a Energia Z, empresa que fica no ABC Paulista, trabalhou na geração de energia elétrica 100% limpa. Os painéis fotovoltaicos fabricados pela própria empresa geraram em quatro meses 10 Megawatts, energia suficiente para abastecer 12 residências.

Como parte de sua estrutura para a geração de energia elétrica fotovoltaica, a Energia Z mantém também em pleno funcionamento um Eletroposto público, instalado em frente à sua sede para atender necessidades próprias assim como de proprietários de veículos elétricos que necessitem recarregar suas baterias. Detalhe: a empresa comercializa no país os scooters elétricos da marca Motor Z.

Fonte:
Agência Infomoto

 

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