Nova CG Titan – Impressões
20 de janeiro de 2009|4 Comentários
Bruno Parisi Além da enorme responsabilidade de escrever um teste sobre a nova versão do veículo mais vendido no país — em 2008 foram emplacadas 442.569 unidades —, tive a oportunidade de rodar mais de 300 quilômetros com o novo modelo best-seller da Honda em estradas e vias urbanas. Como principais novidades, a CG 2009 apresenta a bem-vinda injeção eletrônica de combustível, que já atende ao Promot 3, lei que regulamenta a emissão de poluentes por motocicletas, em vigor desde 1º de janeiro. Traz também ligeiras mudanças na ciclística, como chassi mais rígido, melhorias na posição do piloto e garupa. Quanto ao design do novo farol dianteiro: ame ou odeie. Melhorias da nova CG Titan 150 As opiniões de outros motociclistas e frentistas foram as mais contrastantes possíveis. “Nossa a moto é ‘maneira’, está parecendo a Hornet”; “Que coisa horrível, parece até a moto dos Power Rangers” e “Ficou legal o farol, mas deve ser caro consertar ou trocar se cair com ela”. Mas o que o farol tem de polêmico, tem de funcional. Pilotando à noite o tão criticado farol é muito eficiente, emitindo um facho de luz bem nítido e concentrado. Os piscas integrados também oferecem melhor visualização no trânsito, mesmo em períodos noturnos. Como os piscas dianteiros estão integrados ao farol, em caso de alguma avaria será necessária a troca do conjunto inteiro. Nas concessionárias paulistanas, a carenagem que envolve o farol custa em média R$ 60, já o preço do farol é mais “salgado”: cerca de R$ 160. Quando vista pela traseira passava despercebida como qualquer outra das milhares de CGs existentes. A rabeta, agora mais funcional e afilada, tem as setas integradas à lanterna — lembra a Biz 125 — e o conjunto das laterais e rabeta têm o acabamento fosco pintado na cor prata com detalhes em preto.
Impressões Sexta-feira, fim de tarde, calor insuportável em São Paulo e a CG à minha disposição. Ao virar a chave ouço um ruído e uma luz no painel acende avisando que a injeção eletrônica está funcionando. Ligo a moto e ela já funciona perfeitamente, sem engasgos, “buracos” na aceleração ou qualquer outro problema. Benefícios da injeção eletrônica. Andando na cidade ela responde muito bem em saídas de semáforos, ladeiras e retomadas de velocidade. Mesmo com garupa, o motor sempre se manteve “cheio” apesar da redução no torque – que passou de 1,35 kgf.m para 1,32 kgf.m a 7.000 rpm. No trânsito complicado da capital paulista a moto apresentou comportamento exemplar para uma urbana: leve e ágil nas mudanças rápidas de direção. As suspensões — garfo telescópico na dianteira e duplo amortecedor na traseira — mostraram um funcionamento muito bom, copiando as imperfeições do asfalto sem serem rígidas ou moles demais. A versão ESD, testada, tem disco de 240 milímetros de diâmetro e pinça de dois pistões. Bastante eficiente para evitar uma fechada de um veículo na Marginal do rio Tietê. O freio traseiro a tambor tem funcionamento regular, sem deixar a desejar para a concorrência. Na estrada Agora alimentado por injeção eletrônica de combustível, o motor de 149 cm³ apresenta a mesma potência da versão carburada: 14,2 cv a 8.500 rpm, agora alcançada 500 rotações acima da antecessora. O peso a seco da versão ESD testada é de 119,4 quilos, está na média da categoria. Após mais de 90 quilômetros era hora de conferir o consumo. A Honda CG 150 Titan rodou 41,2 quilômetros com um litro de gasolina. Boa média, já que a moto tinha apenas 300 quilômetros rodados e o vento contrário influencia o consumo. As outras medições de consumo na cidade e em estradas indicaram que a nova Titan 150 está bastante econômica: em todas registrou média de consumo de 40 km/l. Com o novo tanque de combustível, agora com 16,1 litros, a autonomia poderia chegar a excelentes 600 quilômetros. Por falar em combustível a CG não tem torneira e nem luz indicando que a gasolina chegou à reserva. Há apenas o tradicional marcador de gasolina no painel e os mais distraídos correm o risco de empurrar a motocicleta. O melhor a fazer é ficar atento ao nível de combustível e abastecer antes do ponteiro chegar na escala vermelha. Preços Opinião de quem andou O metalúrgico elogiou o conforto da nova Titan: “Gostei do banco, bem mais confortável que a minha. Além disso, o acelerador mais curto melhorou para pilotá-la nas estradas”, afirmou. Com relação ao farol, Machado foi categórico. “Não gostei. Ele não combinou com o estilo da CG e nem lembra o farol da Hornet”. Cleber Leite de Sena Santos é proprietário de uma CG 125 1996 e também pilotou a novidade. “Gostei, não senti dor nas costas ao andar na nova CG como sinto ao andar na minha moto. Parece que o guidão está mais próximo das mãos”, exaltou o manobrista de 29 anos. Questionado sobre o farol, Cleber Santos enfatizou a funcionalidade do item: “Não é bonito, mas ilumina bem. O facho é concentrado e também facilita a visualização da motocicleta durante a luz do dia”. Ficha Técnica Motor: monocilíndrico, quatro tempos, 149,2 cm³, duas válvulas por cilindro e refrigeração a ar |
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