Conheça a Chery e o modelo QQ da marca que chega em março e deverá incomodar a concorrência


24 de janeiro de 2011|2 Comentários

Para aqueles que ainda não sabem, a Chery, marca chinesa que estreou no Brasil em 2009, está com um de seus modelos quase prontos para entrar de vez no mercado nacional.

Quem é a Chery no mundo?

Ok, mas quem é a Chery, que tanto se fala hoje no país, como uma das primeiras marcas a aportar em solo brasileiro? Ela foi fundada em 1997 para estimular a economia da região de Wuhu,na China  tendo sido uma iniciativa do governo local. Tendo encontrado dificuldades para obter licenciamento que autorizasse a venda de seus modelos em toda a China, a empresa foi salva em virtude de um pedido de produção de táxis feito pelo governo local (seu único acionista à época). Em 2001 a Shanghai Automotive Industry Corporation (SAIC) passou a deter participação na empresa, o que facilitou a distribuição da sua produção.

Em 2001/2002 a Chery contratou vários profissionais que deixaram a Daewoo em virtude do processo de falência enfrentado por ela. Ocorre que estas pessoas transferiram para Chery mais que sua força de trabalho, tendo levado também projetos inteiros de modelos da Daewoo. Como conseqüência, a Chery produz 2 modelos (Chery QQ e Chery Oriental Son) que são idênticos a modelos da GMDAT (Daewoo Matiz e Daewoo Magnus).

Sediada em uma área de aproximadamente dois milhões de metros quadrados na cidade de Wuhu, província de Anhuí, a Chery possui mais de 15 fábricas construídas ou em processo de construção e emprega mais de 22 mil funcionários.

A Chery alcançou, em pouco tempo, posição de destaque na indústria automotiva chinesa. Logo em seu primeiro ano de participação no setor, em 2000, a empresa conseguiu a impressionante marca de 28 mil unidades vendidas na China.

Dez anos depois do lançamento dos primeiros modelos da marca, é líder em crescimento e campeã de vendas entre as montadora 100% chinesas, com o total de 360 mil carros comercializados em 2008.

No Brasil

Por enquanto a marca está instalada no município de Salto, interior de São Paulo, onde mantém sua sede administrativa e ocupa uma área de 100 mil metros quadrados e conta com escritórios para os executivos da montadora, área administrativa, show room e estoque de peças. O Chery Tiggo, um SUV com motor 2.0 a gasolina, 16 válvulas, 135 cv, câmbio mecânico e tração 4×2, foi o primeiro modelo da companhia lançado em território nacional. A Chery atualmente negocia com o Governo de São Paulo a instalação de uma fábrica na cidade de Jacareí, a previsão é que a fábrica esteja pronta e operando em 2013.

Vamos ao que interessa

O foco na prática desta matéria foi de levantar uma lebre, mais precisamente um ponto de interrogação na cabeça dos consumidores. Valerá a pena comprar um modelo Chinês. O momento da discussão será o lançamento em março do modelo Chery QQ que chega ao mercado com: direção hidráulica; ar-condicionado; rádio com CD/Player e entrada (mini-)USB; bancos traseiros rebatíveis; limpador do vidro traseiro; luzes de neblina; faróis com regulagem de altura; vidros, travas e espelhos retrovisores elétricos; alarme e travas de porta; duplo airbag frontal; cintos de segurança dianteiros com pré-tensionador; freios dianteiros a disco com ABS (antiblocante) e EBD (distribuição eletrônica de frenagem); sensor de ré com aviso sonoro e gráfico.

Tudo isso segundo informa a própria marca, custará perto de R$ 22 mil, quando o subcompacto QQ for oficialmente lançado no Brasil.

Mesmo completo, o QQ vai brigar pelo posto de carro mais barato do país (e obtê-lo, se cumprir todas as promessas). Atualmente, a disputa fica entre o rodado (atravessa sua quarta década de existência) e espartano (em matéria de equipamento) Fiat Mille, fabricado no Brasil, e um outro chinês, o Effa M100, que chega ao Brasil via Uruguai e é mais famoso por uma dupla falta de estrutura: de segurança e da rede pós-venda. Na Europa, o QQ desbancou os modelos da romena Dacia (que aqui no Brasil é mãe da Logan/Sandero da Renault) da posição de veículos mais em conta.

Oficialmente chamado de QQ 3 (há diversos QQ na China), o carrinho já foi mostrado ao público brasileiro durante do Salão do Automóvel de São Paulo, em outubro passado. No Brasil, deve ser conhecido mesmo como QQ, embora a importadora ainda esteja definindo qual emblema adornará sua lataria (há ainda a chance de ele ostentar o 1.1, alusivo à motorização).

Ele mede apenas 3,5 metros de comprimento, 1,48 m de largura e 1,49 m de altura, com 2,34 m de entre-eixos. Comparando, o QQ é menor, mais estreito e menos espaçoso que Ford Ka e Mille: 3,83 m, 1,64 m e 2,45 m para o Ford, e 3,69 m, 1,54 m e 2,36 m para o Fiat.

Seu motor de 1,1 litro a gasolina fornece 68 cavalos de potência a altos 6.000 giros, com torque de 9,17 kgfm entre 3.500 e 4.500 rpm. Os números parecem mirrados, mas o QQ só tem 890 quilos e, por isso, quase “voa” com o empurrão do propulsor austríaco. Na cidade, é ágil . A direção hidráulica é bastante leve e o QQ ainda conta com sensor de ré e uma espécie de indicador gráfico/métrico para mostrar por meio de barras vermelhas e verdes e com décimos de metro o quanto falta para chegar ao obstáculo/carro atrás.

Eles querem fazer de tudo para agradar não só a mulheres em busca de carros práticos e fáceis de manobrar, mas também a qualquer um que queira uma opção barata de primeiro ou segundo carro, que não pese no orçamento e que possa levar até quatro pessoas e alguma bagagem. Atualmente, a opção é buscar um modelo “pelado”, sem qualquer conforto ou diferencial. Com o QQ, a Chery quer repetir a estratégia traçada para o SUV Tiggo, o médio Cielo e o “altinho” Face, mas com mais ímpeto no “mais por menos”.

O objetivo é duplicar o nível de vendas da marca agora em 2011 e, no futuro, brigar forte no segmento de entrada — tudo por conta do QQ. O carro é um dos cotados para ser fabricado no Brasil a partir de 2013, ganhando motor flex antes disso. Será uma meta atingível ou ele morrerá na praia? O que as grandes montadoras pensam disso? Saberemos depois de março..

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