As novas, boas e quase más notícias que envolvem a GM
26 de abril de 2011|Sem Comentários
Já é sabido que as empresas vivem bons e maus momentos e algumas danças de cadeiras, assim como frequentes lançamentos. Com a GM não poderia ser diferente. Abaixo uma grande notícia para a marca que deve iniciar a construção de fábrica para produção de motores e cabeçotes e o revés da moeda onde a empresa quase enfrentou na cidade de Gravataí um estado de greve.
Finalizando a recente notícia da mudança de comando na empresa que assim como o Brasil terá uma mulher a frente do comando das operações brasileiras que assume a presidência a partir de junho.
Primeiro a quase má notícia
GM de Gravataí enfrentava desde a semana passada estado de Greve. General Motors e metalúrgicos não entravam em acordo em relação às reivindicações, que incluem reajuste de salário, abono e participação nos resultados.
A empresa informava que estava em negociação com os funcionários e por isso não se pronunciaria sobre o assunto. Além da aprovação do estado de greve, definiu-se o dia 25 de abril como data-limite para a apresentação de uma nova proposta pela montadora aos trabalhadores, o que segundo apuramos ainda nào aconteceu.
Os trabalhadores queriam esse ano que fossem valorizados por todo o esforço que vem sendo feito na fábrica da GM. Todos querem que o reajuste seja maior – comentou o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, Edson Dorneles.
A proposta feita anteriormente pela diretoria da montadora foi colocada em votação e rejeitada praticamente de forma unânime.
Enquanto a GM ofereceu R$ 6 mil e 200 de PPR a classe trabalhadora reivindica R$ 7mil. No abono, a empresa propõe R$ 2 mil e os funcionários querem R$ 2.200. No reajuste salarial o pedido dos metalúrgicos é de 12%, mas a oferta da montadora chegou no máximo a 9%.
O impasse era real e poderia prejudicar a produção, mas não as entregas já que existe estoque regulador.
Porém em nova assembleia que mais uma vez reuniu milhares de trabalhadores da General Motors em Gravataí foi aceita a proposta da Justiça do Trabalho elaborada com o objetivo de impedir a greve. O encontro teve início às 15h40 de ontem com a mobilização feita pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, em frente ao portão de acesso da fábrica de Gravataí. Com a decisão está descartada a hipótese de greve.
O diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, Edson Dorneles, comenta que a categoria entendeu que houve importantes avanços na negociação e decidiu aprovar a proposta.
- A GM não quis pagar para ver e sabia que o trabalhador da fábrica estava muito mobilizado e determinado a não aceitar mais um tratamento de segunda linha e tão desigual em relação aos seus companheiros de trabalho de São Paulo – disse.
O sentimento no chão de fábrica foi praticamente unânime da necessidade de se valorizar mais o trabalho que é feito na unidade da GM em Gravataí. O trabalho agora, de acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, é intensificar a bandeira de isonomia no tratamento dos funcionários da GM de Gravataí na comparação com outras unidades do país.
- Esse ano levantamos a bandeira de isonomia no tratamento. Somos todos brasileiros e mesmo que existam questões regionais, não se pode admitir que seja tão inferior ao restante do Brasil. Foi um primeiro grande passo e os trabalhadores foram os principais responsáveis para que a GM mudasse sua posição – completou.
A proposta retirada da reunião de conciliação aponta para reajuste de 10,5%, inclusive sobre o atual piso salarial, a partir de 1º de julho; PPR de R$ 6.200,00 (para 100% das metas) e abono de R$2.000,00. Os números foram definidos através da mediação da Justiça do Trabalho realizada ao longo de toda a tarde de terça-feira (19). Foram quase 4 horas de debate entre representantes do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí e da direção da GM. Entre outros temas, os sindicalistas relataram o sentimento de indignação no chão de fábrica com as diferenças salariais e de benefícios na comparação com outras unidades da GM em São Paulo.
A mediação ocorreu na sede do Tribunal Regional do Trabalho, na sala 1003 e foi conduzida pela vice-presidente do TRT-RS, desembargadora Maria Helena Mallmann, no exercício da presidência da Seção de Dissídios Coletivos. A procuradora regional Beatriz de Holleben Junqueira Fialho representou o Ministério Público do Trabalho.

Marcos Munhoz, vice presidente de comunicação e relações governamentais da GM, e Carlito Merss, prefeito de Joinville, visitam terreno onde será instalada a fábrica da montadora na cidade
Agora a boa notícia
Ontem , segunda feira , dia 25 de abril , A General Motors lançou a pedra fundamental num terreno de 500 mil metros quadrados em Joinville (SC). No local, a montadora investirá R$ 350 milhões para produzir motores e cabeçotes. A informação é do Diário Catarinense. A expectativa é que se criem 500 empregos diretos com a nova unidade.
A GM convidou o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, para o lançamento da pedra. No evento estará também Marcos Munhoz, vice-presidente de relações públicas e governamentais da montadora. O terreno fica no km 47 da BR 101, rodovia que percorre a costa brasileira.
Primeira mulher presidenta da GM no Brasil
Grace Lieblein será a nova presidente da montadora para o Brasil. A executiva preside a GM México e assumirá o comando a operação nacional em 1º de junho.
Grace está na empresa desde 1978, quando entrou como trainee da divisão de montagens em Los Angeles, na Califórnia. A executiva tem bacharel em engenharia industrial pela Universidade de Kettering e é mestre em gerenciamento pela Universidade de Michigan.
No currículo de Grace, a General Motors destaca o desenvolvimento de alguns veículos de sucesso como o Buick Enclave, o GMC Acadia, o Saturn Outlook e o Chevrolet Traverse.
A chegada da nova presidente libera Jaime Ardila para conduzir em tempo integral a operação da companhia na América do Sul. O executivo acumulava a função com a presidência da montadora no Brasil após a saída de Denise Johnson.
“Com os seus sólidos e amplos conhecimentos de engenharia e de desenvolvimento de produtos, combinados com fortes características de negócios, Grace é o tipo de pessoa que poderá assegurar que a GM continue inovando”, acredita Jaime Ardila.
Em 30 anos de carreira, a nova presidente foi líder na implementação do sistema de manufatura global da montadora, diretora de engenharia de design da divisão de automóveis na América do Norte. Grace recebeu alguns prêmios pelo trabalho desenvolvido na montadora, entre eles está o Top 100 Mulheres na Indústria Automotiva, da agência de notícias Automotive News.
Desafios no Brasil
Na gestão de Denise Johnson a GM Brasil tinha como principal meta melhorar a qualidade dos carros e torna-los mais competitivos. Em coletiva de imprensa em fevereiro deste ano, após a saída da executiva, Ardila confirmou que o foco da montadora continua o mesmo.
A nova presidente assumirá a montadora em período de renovação do portfólio de produtos, com o objetivo de elevar o conteúdo tecnológico nos nove lançamentos prometidos para até o final de 2012. O desafio será dobrado, já que além de garantir a chegada dos novos modelos, Grace terá que manter o fôlego da montadora no Brasil, que é hoje o terceiro mercado global da companhia.
A GMB encerrou 2010 com mais de 657 mil unidades comercializadas, com o terceiro lugar no ranking de vendas e market share de 19,75%. Para este ano, o plano da montadora é vender 700 mil unidades no País.
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