Montadora chinesa Great Wall começa a investir mais de 10 bilhões a partir de 2022
28 de janeiro de 2022|Sem Comentários
A gigante chinesa Great Wall Motor divulgou ao mercado esta semana que pretende iniciar os investimentos pesados no Brasil já a partir de 2022. Os montantes seriam de mais de R$ 10 bilhões e iriam até 2032. Estes valores teriam dois momentos: O primeiro de 2022 até 2025 de R$ 4,4 bilhões e o restante até 2032. Essas informações foram passadas de acordo com informações divulgadas durante evento realizado na fábrica de Iracemápolis, interior de SP.
A Great Wall Motors havia comprado da Mercedes Benz a linha de montagem e a capacidade produtiva esperada por chegar a 100 mil unidades/ ano.
Ela será a maior linha de produção da marca fora da China, sendo preparada para ser uma fábrica de produção completa, com foco direcionado a exportação.
Parte do valor investido será dedicado ao desenvolvimento de fornecedores nacionais, com meta de atingir 60% de nacionalização até 2025. Segundo Oswaldo Ramos, chefe comercial da montadora no Brasil, um dos parceiros deverá ser a Bosch, que inclusive está na cidade de Campinas, cidade próxima de Iracemápolis.
A montadora chines espera com isso chegar a R$ 30 bilhões de faturamento até o fim de 2025, gerando 2 mil empregos diretos . São esperados que isso gere mais 8 mil empregos indiretos.
A unidade produzirá basicamente 3 tipos de carros: Haval, de SUVs urbanos, Tank, de SUVs de luxo e fora de estrada e Poer, de picapes.
terá capacidade para produzir veículos híbridos com motor 1.5 e bateria de 45 kWh. O motor a combustão poderá gerar potência de 230 cv a 430 cv.
O grande diferencial dos modelos será a autonomia de 200 quilômetros apenas no modo elétrico, condição inédita que nenhum modelo híbrido ofertado no Brasil oferece ao consumidor. Outro ponto que irá diferenciar os modelos da marca de seus concorrentes é a capacidade de recarga da bateria: 80% em 30 minutos, dependendo do carregador usado.
As baterias usadas pela empresa serão fornecidas por uma empresa do próprio grupo, a Svolt, que receberá investimento de US$ 50 bilhões até 2025, para conquistar 25% do fornecimento total de baterias para o setor automotivo global.
Outra área a que a empresa dedicará esforços, essa mais a médio e longo prazo, é a de célula de hidrogênio, na qual já possui conhecimento em sua operação global. No Brasil o foco será na célula de hidrogênio a partir do etanol, com o desenvolvimento sendo realizado no seu futuro centro de pesquisa na América Latina, que contará com o trabalho de universidades e empresas parceiras.
Um dos possíveis modelos da marca foi visto na cidade de Campinas no final de 2021 e como já é um movimento de várias montadoras no país, a predileção é para SUVs.