Ministro da Fazenda zera IPI para carros 1.0 nacionais e queda no preço final pode chegar a 2,5%


22 de maio de 2012|Sem Comentários
Carros para exportacao devem ser beneficados com queda no IPI

Carros para exportacao devem ser beneficados com queda no IPI

Pelo menos uma boa notícia nesta segunda feira para quem deseja comprar um carro Okm. Já não era sem tempo o governo resolveu tomar uma medida pelo menos amistosa para o mercado de autos e carros no Brasil. Foi anunciado a pouco que Guido Mantega, ministro da Fazenda, vai promover um  pacote de medidas para aquecer o consumo e combater os efeitos da crise financeira internacional. Entre elas está uma redução de até sete pontos porcentuais do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a venda de carros.

Como continua valendo o regime automotivo especial, que beneficia a maior parte dos veículos fabricados no país com um corte de 30 pontos percentuais no IPI, um carro 1.0 nacional, que tinha IPI de 7%, passa a ter isenção da taxa. Ou seja, cai um pouco o valor, mas os impostos continuam. É bom lembrar que a exatos 3 anos a mesma medida já tinha sido tomada e na ocasião o mesmo pacote foi usado, porém com duração maior, cerca de 6 meses.

Sem considerar o regime especial, o IPI de carros de até 1.000 cilindradas (1.0) passará de 37% para 30%; na faixa de 1.000 (1.0) a 2.000 (2.0) cilindradas, a redução é de 43% para 36,5% (carros a gasolina) e de 41% para 35,5% (bicombustíveis). Para os utilitários, o corte é de 34% para 31%. A renúncia fiscal prevista é de 1,9 bilhão de reais no período. As medidas valem até 31 de agosto.

O pacote foi discutido com os bancos e as montadoras, só se esqueceram de comparar com as taxas internacionais, mas de qualquer forma é um sinal positivo. As montadoras devem reduzir o o preço dos automóveis de até 1000 cilindradas em 2,5%. Os carros entre 1000 e 2000 cilindradas terão corte de 1,5%. Para os utilitários, redução de 1%. As companhias também devem realizar promoções especiais no período.

Guido Mantega reduz ipi a 0 para carros mil cilindradas

"A gente sabe que cobra imposto demais, mas as montadoras também não reduzem suas margens"

“O resultado esperado dessas medidas é reduzir o custo do investimento. Em segundo lugar, reduzir o preço dos veículos ao consumidor. É mais uma medida para garantir a continuação do crescimento econômico num momento de crise na economia nacional, onde o governo tem que tomar mais medidas de estímulo para rebater a influência dos problemas”, afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante entrevista coletiva hoje a tarde.

Outra importante consequência das ações é a a redução no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre o crédito para pessoa física: de 2,5% para 1,5%, o que provocará uma renúncia fiscal de 900 milhões até o fim de agosto.

Como parte do acordo, os bancos públicos e privados também se comprometeram a aumentar o volume de crédito para o consumo, elevar o número de parcelas e reduzir o valor da entrada, além de reduzir os juros dos empréstimos. Como contrapartida, o Banco Central vai liberar parte do valor compulsório recolhido pelos bancos, o que deve facilitar a concessão de crédito. Essa medida não tem prazo de encerramento.

Queda no IPI vai beneficiar principalmente os carros 1.0

Queda no IPI vai beneficiar principalmente os carros 1.0

Essa parte estava sendo muito cobrada por lojistas e concessionárias que viram nos últimos meses centenas de pedidos de crédito serem negados por conta da mais alta taxa de inadimplência que o mercado já teve.

Mas não acobou por aí. Uma segunda parte do pacote trata de incentivos à aquisição e exportação de bens de capital. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai reduzir as taxas de juros cobradas no pré-embarque de empresas exportadoras (9% para 8% ao ano), as taxas cobradas para aquisição de máquinas e equipamentos por empresas (de 7,3% para 5,5% ao ano) e as taxas cobradas por participantes do programa Pró-Engenharia (de 6,5% para 5,5%).

Outra medida importante para o país foi o aumento do prazo de financiamento para a compra de caminhões por pessoas físicas. O custo dessa parte do pacote está previsto em 619 milhões de reais. Essas medidas também valem também até 31 de agosto.

“As medidas são o resultado de um compromisso assumido entre o setor privado, o setor produtor e o setor financeiro. Cada um deles se juntou e nos unimos para estabelecer medidas para que cada um dessa a sua contribuição no sentido de reduzir o custo dos produtos”, disse Guido Mantega durante o anúncio.

NOTA: Apesar de importantes e úteis, as ações do governo são paliativas e devemos lembrar sempre que não existe somente um culpado pelos altos preços. O governo cobra impostos demais. As montadoras querem lucros abusivos para compensar perdas no mercado externo e o consumidor continua comprando, mesmo sabendo que os preços são fora de proporção ao que um ser humano normal ganha!

 

 

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