Conheça a História do Salão do Automóvel


27 de outubro de 2008|1 Comentário

HISTÓRIA DO SALÃO DO AUTOMÓVEL

 

 

SALAO DO AUTOMOVEL

SALAO DO AUTOMOVEL

1960

- É inaugurado, em 25 de Novembro, o 1º Salão de São Paulo (chamado Salão do Automóvel), no Pavilhão de Exposições do Ibirapuera (Zona Sudoeste). O evento reuniu as 12 montadoras existentes na época no país (Willys Overland, DKW-Vemag, General Motors, Ford, FNM, Simca, Volkswagem, Toyota, Romi-Isetta, International Harvester, Scania Vabis e Mercedes Benz) e grandes fábricas de peças e componentes. Em exposição, havia carros como o Aero-Willys, o modelo 61 da Renault Dauphine, o DKW, a Rural Willys, a Kombi e a Chevrolet Amazonas, além do primeiro automóvel experimental fabricado no país: o Saci, construído pela Willys-Overland do Brasil.

1961 – O 2º Salão do Automóvel teve como destaques o Willys Interlagos, primeiro modelo de concepção totalmente brasileira, o Simca Chambord, o Centaurus (da Automóveis e Motores Centaurus, de Campinas/SP) e o Volkswagen 1.2.

1962 – O 3º Salão do Automóvel celebrou a marca de 97% de nacionalização da fabricação de veículos. Entre os destaques estavam o Aero Willys 2600 (apresentado também no Salão de Paris), a perua Simca Jangada, o esportivo VW Karmann-Guia, o DKW Fissore, o Scania – Vabis L-75. A Toyota mostrou seu jipe Bandeirante, a Mercedes-Benz seu primeiro ônibus de turismo (com geladeira e sanitário), a Ford trouxe seu trator 8-BR, a Caterpillar, o modelo Traxcavator e a Huber Warco, a motoniveladora HD. A partir dessa edição o evento passou a ser bienal.

1964 – A quarta edição comemorou a marca de 1 milhão de veículos produzidos no país. A indústria começou a mostrar melhorias mecânicas, como a caixa de câmbio com quatro marchas para frente sincronizadas do Aero Willys 2600, a mistura automática óleo-gasolina da DKW-Vemag, a suspensão pneumática para ônibus da linha FNM, a cabine avançada dos caminhões leves e o eixo traseiro de duas velocidades e reduções dos caminhões pesados Mercedes-Benz. Outras novidades foram o Aero-Willys 65, com novo design, a Vemauguet Rio, o Belcar, o esportivo GT-4200, da Brasinca, com motor Chevrolet, e a Veraneio, da General Motors.

1966 – É inaugurada a quinta edição do salão, que coincidiu com a comemoração dos 10 anos da implementação da indústria automobilística nacional. O evento é marcado pelo lançamento de dois modelos de luxo, o Itamaraty Executivo e o Ford Galaxie, além do esportivo Puma, sucesso de vendas nos anos seguintes, e novidades nas autopeças, como os faróis de iodo da Cibié.

1968 – É realizado o sexto e último Salão no Parque do Ibirapuera marcado pelo lançamento de produtos em uma nova faixa de mercado até então inexplorada: o carro médio. Entre as novidades, a Chrysler lança o seu esportivo GTX, a Ford-Willys traz o Corcel e o Galaxie LTD, a GM apresenta seu primeiro automóvel: o Opala e a Volkswagen lança o sedan 1.6, de quatro portas.

1970 – Em 20 de novembro, o 7º Salão do Automóvel inaugura o Parque de Exposições do Anhembi (Santana, Zona Norte), construído por Caio de Alcantara Machado, especialmente para abrigar as mostras industriais. As grandes novidades são o Dodge Charger, com motor V8 (oito cilindros em “V”), da Chrysler, de 205 cv (cavalos), o Meta 20 de Chico Landi, o FEI X-3 (com motor Chrysler de 300 HP), o Alfa Romeo 2150 da FNM, o Corcel GT e o Landau da Ford, o Karmann-Guia TC, o TL e a Variant, da Volkswagen. Além do primeiro carro elétrico brasileiro (fabricado pela Icovel) e vários modelos de buggies.

1972 – Com a estratégia de atingir o mercado externo, é aberta a oitava edição da feira, com 236 expositores. Foram apresentados o Dodge 1.8, conhecido como Dodginho, o Maverick, o Puma GTB, o SP-2 e o MP Lafer, réplica do MG inglês. Foi mostrado o primeiro desenho oficial do Chevette, lançado cinco meses depois. Uma curiosidade foi o Kadykete, o primeiro veículo elétrico brasileiro produzido em série, pela Johnson, em São José dos Campos (97 Km a nordeste de são Paulo).

1974 – A nova versão do evento é marcada pela simplicidade e pela funcionalidade. As novidades foram o Passat, o Fusca 1.6, popularmente conhecido como Fuscão, a Caravan, derivada do Opala, e o ESF-22, modelo mais seguro da Mercedes-Benz, além do mini Puma, tentativa de carro econômico, e o Itaipu, carro elétrico da Gurgel. As motocicletas também foram destaque dessa edição, entre elas a Honda CB-200 (partida elétrica, freio a disco), a Suzuki GT-125 (freio hidráulico a disco, câmbio de cinco marchas) e a Yamaha RD-125, com o anúncio de sua fabricação no Brasil. A Honda 1000-Gold faz sucesso, com um modelo desenvolvido para a disputa de recordes de velocidade.

1976 – Celebração dos 20 anos da implementação da indústria automobilística nacional. Com a crise do petróleo, os fabricantes de veículos já apresentam, no 10º Salão do Automóvel, motores adaptados para uso do álcool. O setor de caminhões mostrou os leves FNM- Fiat 70, os pesados da Mercedes Benz (cavalo mecânico para 40t) e da Scania Vabis (LKS-140, com motor de 350 c.v.). Entre os utilitários e os especiais, os destaques ficam por conta do Gurgel X-20, para qualquer terreno e o trator Florestal 510. A Fiat participa pela primeira vez do evento com o Fiat 147.

1978 – O 11º Salão do Automóvel comemora a marca dos 2 milhões de carros produzidos no Brasil. A General Motors apresenta uma versão mais sofisticada do Opala: o Diplomata, além do Chevete de quatro portas. A Alfa Romeo mostra uma versão do seu modelo 2.300: a Executive, e a Volks exibe a Brasília de quatro portas. A Ford mostra o Corcel 1.6 (com câmbio de 5 marchas a frente), o Maverick de injeção transistorizada e o Dodge Polara, de transmissão automática. Atraíram a atenção dos visitantes os carrozzieri, com os modelos Dardo F 1.3, da Corona, o primeiro esportivo com mecânica Fiat; e o Ventura, esportivo de L’Automobile, com mecânica VW-1600. No segmento de motocicletas o destaque foi a Yamaha TT-125, primeira moto brasileira para qualquer terreno. Presentes também os esportivos Adamo, Miúra, santa Matilde e GTM Malzoni.

1981 – Com muitas novidades, apesar da crise financeira do setor, é aberta a 12ª edição da mostra. A VW apresenta o Gol, o Voyage e a Saveiro. A Ford apresenta o Del Rey, e a Fiat, a Panorama. É mostrado também o protótipo Xef, minicarro da Gurgel.

1983 – A Salão tem uma edição especial chamada Salão do Automóvel a álcool, visando apoiar o esforço governamental de implantação do uso desse produto. Entre os destaques estão o VW Santana e o Itaipu E-500, com tração elétrica e autonomia de 80 Km.

1984 – Comemora a produção de 15 milhões de automóveis no país. O 13º Salão do Automóvel apresenta protótipos de modelos projetados para o ano 2000, montado com vários equipamentos eletrônicos, o Lean Machine, da GM, muito parecido com uma motocicleta, e o Probe 4, da Ford, mais aerodinâmico e econômico. Outros lançamentos são o VW Santana Tecno II, com tração das quatro rodas, freios antiblocantes, injeção eletrônica e microprocessadores no controle de combustível, além da linha Fiat Uno. Pela primeira vez, a Gurgel passou a expor na área das montadoras grandes, lançando a Carajá e a Van MC-1000.

1986 – É a primeira vez que a indústria brasileira não participa do Salão. Foram importados 59 veículos norte-americanos, japoneses, alemães, ingleses, italianos e franceses. Entre eles, estavam a Ferrari 328, BMW 735 e o Porche 911.

1988 – É inaugurado o 15º Salão de São Paulo, marcado pela modernidade, com novidades eletrônicas nos automóveis fabricados no Brasil. A Volks mostra seu novo Gol GTI e a GM, o Monza, já com injeção eletrônica de combustível. Os lançamentos são as vans Bonanza e Veraneio, da GM, além da Parati 1.8 Scooter, da Volks. Os destaques ficaram por conta do Orbit e Scooter da VW, os Probe-V e XR-3 da Ford, além do Venture da GM. A Gurgel apresentou seu novo BR-800.

1990 – Ocorre o 16º Salão de São Paulo. Com a abertura do mercado, são expostos alguns modelos importados, como a Ferrari F-40, o luxuoso Crown, da Toyota, o Alfa Romeo 164, o Thunderbird e a van Aerostar, da Ford. Entre os nacionais, estão os novos Monza, Gol e Voyage.

1992 – Na 17ª edição, chamada de “Salão da Abertura”, a indústria brasileira coloca seus produtos ao lado dos importados. A GM exibe o Saab 900, e a Ford, o utilitário esportivo Explorer. Entre os nacionais da GM, está a perua Suprema, derivada do Omega. A Fiat lança o Tempra de duas portas e a Ford o novo Escort. A Kia anotou 600 pedidos firmes para a sua perua Besta, montada em Manaus.

1994 – A grande novidade do 18º Salão é a confirmação do Mercosul como um dos maiores mercados mundiais para a indústria automobilística. Já se anuncia a época de ouro dos “populares” (carros com motor 1.0), iniciada com o Uno Mille, da Fiat. São mostrados o Gol 1.0 Plus, da VW, e o Vivio, popular da japonesa Subaru. As vedetes são a Ferrari 456 GT e a perua Audi RS2. A Ford inicia a importação do Ford Fiesta, com motor 1.3, e o sedan Mondeo. Estrearam no mercado os Bughatti, Lamborghini, Jaguar e Lotus, entre as importadoras. Também são apresentados o Fiat Coupé (carroçaria Pininfarina), da Fiat, o Alfa Romeu 164; o esportivo Corsa GSI e o Astra da General Motors, além do Fiesta, Mondeo e a Picape Ranger da Ford, o “popular” Vivio e a nova WS Legacy, da Subaru; os sedans de luxo Prince e a Super Salon Daewoo; o Audi A8; o Eclipse GS turbo, o Lancer GLXi e a linha Colt da Mitsubishi; a Volvo 850 SW; a BMW Compact 316i e o jipe Kia Sportage.

1996 – O 19º Salão tem como marca a expansão do setor, com 300 expositores, entre nacionais e estrangeiros. Os lançamentos nacionais são o Chevrolet Corsa Wagon, o Fiat Palio Weekend e o Ford Ka. As importadoras exibem o Jaguar XK8, o Audi A3, o Porche Boxster, o Volvo S 40 e o BMW Z3. A Volkswagen traz da Alemanha o conceito Noah.

1998 – A indústria automobilística brasileira realiza a 20ª edição do Salão trazendo os mais recentes lançamentos do mundo como a Maserati 3200 GT e o Audi TT. Outras novidades são o New Beetle, o Mercedes Classe A, (que se tornaria nacional no ano seguinte) e o Peugeot 206, além da BMW 328, e dos Alfa Romeo 156 e 166. No estande da Ferrari é possível apreciar o 456 M, único modelo com quatro lugares disponível na atual gama da marca. Outro destaque é a instalação, no Brasil, de várias novas fábricas, (Audi, Chrysler, Honda, Land Rover, Mercedes-Benz, Mitsubishi, Renault e Toyota), que reformulam o conceito de modelos nacionais e importados. Uma das principais novidades eram os pouco conhecidos carros elétricos ou Evs (Eletric Vehicles), além do lançamento do Fiat Brava, sucessor do Tipo, o novo Cupê C70 e a perua off-road. A Toyota trouxe o Corolla Nacional e o Prius, primeiro veículo híbrido (movido a gasolina e eletricidade). O Xsara Break foi o lançamento da Citröen, o Série 3 era o destaque da BMW e a Land Rover aproveitou o evento para apresentar o utilitário Freenlander.

2000 – O 21º Salão Internacional do Automóvel (12 e 22 de outubro de 2000) fechou sua última edição do século XX com grande quantidade de lançamentos e os carros conceito mostraram a importância do evento e do Brasil no contexto mundial. Entre as novidades do Salão, o primeiro carro com carroceria totalmente em alumínio foi o destaque da Audi; a vedete da Chrysler foi o PT Cruiser; o Xsara Picasso fez sua pré-estréia no Salão; o Focus foi o principal lançamento da Ford; a Volvo apresentou seu sedã S60 simultaneamente ao Salão de Paris e antes da introdução desse carro no mercado norte-americano; a Volkswagen lançou o Bora, sucesso nos EUA.

2002 – A indústria nacional começa a se estruturar e fabricar veículos em maior escala para outros mercados, como o México, países do Oriente Médio e Mercosul. Na 22ª edição do Salão do Automóvel, os lançamentos ficaram por conta da Ferrari Enzo, da BMW Z4, do Audi A8, do PorscheCayenne, do Ford Streetka, do Honda Accord e do Mitsubishi Airtek. Naquele ano, os utilitários esportes começavam a mostrar uma tendência de design de veículos que viria a se firmar a partir daquela edição do evento. É o caso do EcoSport, da Ford. Na ocasião também foram apresentados ao público o Honda Fit, o Citröen C3 e o Nissan Xterra.

2004 – Na 23ª edição do Salão Internacional do Automóvel mais de 180 expositores representaram 32 marcas de automóveis que exibiram ao público pouco mais de 460 veículos, de diferentes modelos e versões. Os destaques em veículos ficaram por conta de montadoras como Ferrari, Maserati, Ford, Peugeot, GM, Volkswagen, Renault e outras. Modelos como o Pólo Sedan, da Volks, teve lançamento mundial no Salão. Já a Honda fez uma pré-apresentação do Fit, que hoje é um sucesso no mercado nacional. A Citröen trouxe o C3, a GM destacou, entre os seus cinco lançamentos, o Meriva. A Ferrari e a Maserati apresentaram ao público carros inéditos, também símbolos clássicos do automobilismo de alta performance. Representando a famosa “Casa de Maranello” estava a recém-lançada Ferrari 612 Scaglietti, inédita no Brasil e que chegava direto para o Salão Internacional do Automóvel. A Maserati, por sua vez, trouxe direto da apresentação mundial no Salão de Paris seu super bólido MC-S, com o mesmo DNA da Ferrari Enzo.

2006 – O maior evento da indústria automobilística da América Latina teve como tema “Paixão, Emoção e Evolução”. A 24ª edição do Salão Internacional do Automóvel comparou-se a duas mostras memoráveis: a de 1976, quando o Brasil recebeu a Fiat, quarta montadora a instalar-se em solo nacional; e a de 1990, ano da abertura do mercado brasileiro, quando os modelos importados começaram a freqüentar as ruas do País de forma mais intensa. Além disso, ocorreu em um momento bastante especial, justamente no ano em que a indústria automobilística nacional completou 50 anos de fundação. Os destaques dessa edição ficaram por conta dos modelos superesportivos e os carros-conceito. Na linha dos superesportivos chamou a atenção os traços ousados do Z4 Cupê, da BMW. Um dos grandes momentos ficou por conta da reaparição de um dos sonhos de consumo do final da década de 1960, o Mustang Shelby GT500, da Ford, que veio a este Salão numa versão agressiva e moderna. Destaque também para a concorridíssima do público, a Ferrari GTB 599 Fiorano, com preço estimado, na época, em R$ 2 milhões. O Porsche Carrera GT, um dos esportivos mais luxuosos, nunca havia sido exposto no País, e o Salão foi a oportunidade única para ver essa maravilha de 612 cavalos. Outro que esbanjava charme foi o Eos, lançamento esportivo da Volkswagen. O grande atrativo do veículo é poder se transformar de cupê para conversível em apenas 20 segundos. Uma combinação que misturava design arrojado e desempenho notável eram as características do Chevrolet Camaro. Já a Volvo apostou num pequeno porta-malas para o seu cupê-cabriolet C70 Cabrio. Um motor V8 4.2 de 300 cavalos foi apresentado no XK Jaguar. Outro modelo também consagrado no exterior presente no Salão foi trazido pela Peugeot: o 407 Cupê, que registrou sua marca como um esportivo que traz um amplo conjunto tecnológico e o estilo moderno e ousado das versões Sedan e SW. Outra francesa que investiu nos esportivos foi a Renault, que apresentou o novo Mégane Cabrio. Já a Mitsubishi trouxe, pela primeira vez no País, o modelo Eclipse, com motor V6, com novo design e tração integral. Em se tratando de carros-conceito, chamou atenção o Fine-T, da Toyota, que, ao invés de volante, possuía um manche e o banco do motorista “sai” do carro para receber o condutor. A Nissan trouxe o Zaroot, nova versão de utilitário-crossover, mesmo caso do Concept-T, da Volkswagen; do Concept FCC, da Fiat, e do HCD9 Talus Concept, da Hyundai. Já o Prisma Y, da Chevrolet, apareceu no Salão para verificar a aceitação do público e, num futuro próximo, concorrer no mercado de off-roads. Para finalizar, o 20Cup, da Peugeot, apresentou uma característica peculiar: três rodas e foi testado na famosa “24 horas de Le Mans”.

 

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