Chrysler anuncia concordata, será o fim da terceira maior montadora dos EUA?


01 de maio de 2009|Sem Comentários

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A montadora Chrysler anunciou pedido de proteção pelo “Capítulo 11″ da Lei de Falências americana –o equivalente à concordata–, informou um funcionário da Casa Branca nesta quinta-feira. O anúncio oficial da terceira maior montadora americana foi feito pelo presidente dos EUA, Barack Obama.

Pela lei, recorrer ao “Capítulo 11″ significa que a empresa reconheceu que não pode quitar suas dívidas e pode ter um prazo para reorganizar suas contas junto aos credores. Caso não consiga quitar suas dívidas por um período pré-determinado, a empresa parte para a falência.

Segundo o funcionário, a empresa preferiu se colocar em concordata depois que um grupo de fundos credores rejeitou a última proposta de reestruturação da dívida feita nesta madrugada –uma das exigências do governo americano para que a montadora não fosse obrigada a recorrer à Lei de Falências.

No mês passado, o presidente americano, Barack Obama, deu um mês para que a Chrysler apresentasse um programa de reestruturação em que reduzisse seus custos trabalhistas, equacionasse suas dívidas junto aos credores e fechasse um acordo de parceria com a concorrente italiana Fiat –Obama ofereceu até US$ 6 bilhões para ajudar a financiar a aliança.

O acordo trabalhista saiu na segunda-feira e foi ratificado hoje pelos seus funcionários e pelo sindicato UAW (United Auto Workers) e o acordo com a Fiat ratificado na tarde de ontem, quinta feira.

Apesar do possível pedido, o funcionário da Casa Branca rejeita que ele seja o fim da montadora. “A sua incapacidade de agir, tanto em sem seu próprio interesse ou no interesse nacional, não diminui os esforços feitos pela Chrysler, pela Fiat e seus acionistas, nem impede a Chrysler de ter agora uma nova oportunidade para se reestruturar e se reerguer mais forte daqui para a frente”, disse o funcionário, citado pela agência de notícias Associated Press.

Em dezembro, o governo dos Estados Unidos, ainda sob o comando de George W. Bush, liberou o empréstimo de US$ 4 bilhões para a Chrysler, além de US$ 13,4 bilhões para General Motors. No último dia 21, o goveno anunciou ajuda de mais US$ 500 milhões para a Chrysler e mais US$ 5 bilhões para a GM.

Conversas

O jornal “Detroit Free Press” afirmou que as conversas entre o Tesouro e o consórcio de 46 bancos e fundos de investimento aos quais a Chrysler deve US$ 6,9 bilhões se “desintegraram”.

O jornal acrescentou que, embora o Departamento do Tesouro tenha melhorado sua oferta aos credores, um grupo de fundos de investimento que representa 40% da dívida total se negou a aceitar a oferta.

A última oferta da Chrysler e do Tesouro era trocar os US$ 6,9 bilhões de dívida por cerca de US$ 2,5 bilhões em dinheiro.

Se a Chrysler tiver que se declarar em quebra, um juiz decidirá quanto os credores receberão e como serão os pagamentos. Os US$ 6,9 bilhões de dívida estão assegurados com as fábricas e outros ativos do fabricante.

 

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