Brasil poderá ter Suzuki, Haima e Rossin-Bertin como novas montadoras em breve


28 de outubro de 2010|Sem Comentários

Nada melhor do que a semana de lançamento do Salão do Automóvel 2010 para as marcas soltaram todas as notícias possíveis e imagináveis para os ávidos leitores de todas as mídias. Como já era esperado as notícias sobre investimentos e aportes de fabricantes que pretendem investir por aqui nào seria diferente e segundo a antiga propaganda da Ipiranga que diz que o BRASILEIRO É APAIXONADO POR CARROS, então as notícias são as melhores possíveis. O Brasil terá mais três montadoras nos próximos três anos. A japonesa Suzuki é uma delas: vai produzir localmente o pequeno jipe Jimny, na foto acima é hoje importado por R$ 55 mil.

A fábrica da Suzuki ainda não tem local definido e nem valores de investimentos. “O projeto foi aprovado há duas semanas e ainda estamos definindo os detalhes”, diz o presidente da marca, Luiz Rosenfeld. Segundo ele, a produção inicial será de 3 mil unidades ao ano. O Brasil, quarto maior mercado mundial de veículos, já abriga 19 fabricantes de automóveis, utilitários, caminhões e ônibus. Duas novas marcas anunciaram fábricas aqui recentemente: a coreana Hyundai e a chinesa Chery.

A chinesa Haima, que inicia importação em 2011, vai investir R$ 200 milhões para a montagem de automóveis compactos, inicialmente com peças (CKD) trazidas da China, e o grupo Platinuss, importador de veículos de alto luxo, fará o primeiro superesportivo nacional, batizado de Rossin-Bertin, que será vendido a R$ 700 mil.

Modelo Haima 3, um dos carros da chinesa que poderá ser fabricado no Brasil

Inicialmente deverão ser importados os modelos M2, 3, Family e 7(S3). A Haima possui acordo com a japonesa Mazda e seus modelos são atualizações de modelos antigos da marca ou re-estilizações em modelos atuais.

A pequena linha de montagem do Rossin-Bertin (sobrenomes de seus criadores: Fahres Rossin, ex-engenheiro da GM, e o herdeiro do grupo Bertin, Natalino Bertin Jr.) receberá inicialmente investimentos de R$ 65 milhões em uma linha de montagem em Blumenau, SC. A fábrica entra em operação em 2012, com produção inicial de 50 unidades ao ano, com previsão de atingir 300 até 2017.

“É um modelo com identidade própria, não se inspira em nenhum outro esportivo”, diz Rossin. Duas unidades do modelo foram apresentadas ontem no Salão do Automóvel, em São Paulo – que abre as portas nesta quarta-feira, 27, para o público –, mas a versão final só ficará pronta em um ano. “Queremos criar um ícone brasileiro”, afirma Bertin, que é responsável no Brasil pela importação de modelos como o Pagani Zonda R, carro de corrida que será vendido a R$ 10 milhões, e o Koenigsegg CCXR, cotado a R$ 6 milhões.

koenigsegg CCXR exposto no Salão do Automóvel 2010

Chineses

A Haima, marca chinesa representada pelo grupo Districar, tem planos de iniciar montagem de um sedã e um utilitário em 2013. “A primeira fase prevê produção de 30 mil a 50 mil unidades anuais”, diz Abdul Majid Ibraimo, presidente da empresa. A estreia da marca no Brasil, porém, não foi das melhores. Os carros trazidos da China para o Salão ficaram retidos no porto de Vitória por problemas de documentação, e o estande ficou vazio nos dois dias dedicados à apresentação do evento à imprensa. A previsão era de que os carros chegassem hoje.

As nove marcas chinesas que participam do salão projetam vendas de 146 mil veículos em 2011, num mercado que, pelas previsões dos fabricantes, deverá consumir perto de 3,6 milhões de unidades. Para mostrar sua intenção de fixar raízes no País, o presidente da Chery, Luis Curi, informa que a empresa terá um centro de desenvolvimento local. A fábrica que será construída em Jacareí (SP) vai produzir cerca de 150 mil unidades ao ano.

Embora não tenha planos de uma fábrica no curto prazo, o grupo Effa, importador da marca Lifan, também firmou parceria com a fabricante chinesa para montar um centro de desenvolvimento no Brasil que fará projetos para serem distribuídos pela fabricante na América do Sul. “Vamos ter uma equipe de engenheiros locais para desenvolver projetos, incluindo de modelos híbridos e elétricos”, explica Eduardo Effa.

Na terça-feira a Effa sofreu um pequeno revés no País: o Ministério da Justiça determinou que a empresa faça recall dos modelos M100, substituindo os cintos de segurança traseiros por cintos de três pontos, como exige a norma local.

Fonte: Cleide Silva, de O Estado de S. Paulo.

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