Veículos Blindados do exército com mais de 30 anos são usados na mini guerra civil do Rio de Janeiro


26 de novembro de 2010|Sem Comentários

Foto mostra ônibus incendiado na Favela da Vila Cruzeiro, você pensa que esta foto é nova? É de 2007, para vcs verem que o problema é mais antigo do que parece

A cena poderia ser a de um filme… de guerra, o cenário poderia ser a bósnia, iraque… mas não é. Aconteceu ontem e durante vários dias no Rio de Janeiro em plena luz do dia e foi de verdade.

Para quem não sabe, a cidade do Rio de Janeiro, tem passado por dias de fúria. mas o que é que um blog automotivo tem a ver com os acontecimentos? Bom para começar temos um volume de carros e ônibus incendiados, sem contar ruas e avenidas fechadas por aqueles que nunca perdem nada, mas sempre dizem para as pessoas, PERDEU!

30 veículos foram incendiados até as 17h desta quinta-feira (25) no Rio de Janeiro. Entre os veículos, há 13 carros, 11 ônibus, 2 motos, 2 vans e 2 caminhões.

Os ataques aconteceram em diferentes pontos da cidade e da Região Metropolitana, como Tijuca e Benfica, na Zona Norte, Santa Cruz, na Zona Oeste, Cordovil, Cachambi e Lins do Vasconcelos, no subúrbio, além de São Gonçalo.

Mais cedo, a PM informou que prendeu nesta quinta 11 suspeitos e apreendeu 3 galões de gasolina, 6 dinamites e 6 espoletas.

Os confrontos nesta quinta deixaram pelo menos sete mortos no Jacarezinho e um em Mesquita, na Baixada Fluminense.

Em meio às ações de terror do crime organizado citadas acima  no Rio de Janeiro, seis blindados M113 tentam ocupar a favela da Vila Cruzeiro, na Penha. O Caveirão, antes símbolo da luta da elite da polícia do Rio de Janeiro, o Bope, antes assustador e apocalíptico, parece que não aguentou o tranco. O comando da instituição pediu o uso de blindados dos Fuzileiros Navais, máquinas de guerra de verdade – e que de repente poderiam receber a placa preta para dar uns passeios na zona sul, já que são veteranos construídos há mais de 30 anos.

Será que os blindados M113, os chamados Caveirões Tunados vão substituir os Caveirões no Rio de janeiro? Espero que não.

Na origem americana, o M113 foi classificado como Armoured Personal Carrier, ou Transporte Pessoal Blindado. Além do motorista e artilheiro, leva 11 soldados (ou policiais) envoltos em um casco de liga especial de alumínio, leve mas não muito resistente: apesar desses dados não serem fáceis de se encontrar em sua forma oficial, estima-se que a integridade do M113 contra tiros de fuzil calibre 7,62 mm (que os traficantes já possuem) se resume apenas à área frontal. A blindagem de alumínio, porém, pode ser complementada com placas de aço balístico instaladas internamente. O motorista vai em um cockpit separado, à esquerda, e conta com periscópios para poder fechar sua escotilha e se proteger do tiroteio.

Um lote de 60 veículos foi adquirido pelos Fuzileiros Navais no pelo idos de 1974, antes de eu nascer. Eles são do tipo M113 ACAV, uma versão com placas de proteção adicionais na posição do artilheiro principal, armado com uma metralhadora pesada M2 de 12,5 mm, mais duas estações de armas adicionais com metralhadoras de 7,62 mm, também protegidas por placas. Hoje restam trinta desses clássicos em serviço, mas especula-se que apenas a metade esteja em condições de combate.

Conheça abaixo o vídeo que mostra como funcionam os tanques M113 mostrado em Janeiro de 2010

A justificativa para o seu uso (e não alguma viatura do Exército) pode estar na localização próxima das principais bases da Marinha, no Rio de Janeiro, além do fato de a versão ACAV ser um pouco mais protegida que os M113 do Exército, que possui em seus quartéis mais de 500 dos chamados “táxis de combate”.

Em relação ao Caveirão, o M113 oferece a capacidade de passar por cima de quase tudo, graças às suas lagartas. Também não fura o pneu em tiroteio, obviamente. O comandante do Estado Maior da PM do Rio, coronel Álvaro Garcia, afirmou que o uso de metralhadoras de 12,5 mm não seria necessário, mas nessas fotos feitas pelo fotógrafo Reinaldo Marques nota-se claramente a posição do artilheiro equipada com ela. O emprego de calibres dessa envergadura costuma ser criticado em áreas urbanas, pois o alcance e capacidade de penetração podem causar muitos danos colaterais. Como diria meu amigo Rafael, militares não contam cadáveres, portanto a briga dos traficantes com a Polícia deve pegar fogo nos próximos dias.

Além dos M113, os Fuzileiros Navais também estão utilizando viaturas sobre rodas Piranha (bem modernas, adquiridas para operar no Haiti) e blindados anfíbios CLAnf, nas saídas da comunidade. Cerca de 150 homens do Bope e 30 fuzileiros estariam envolvidos na operação.

Sugestão as autoridades: Desmantelem as favelas e levem sua população de bem para áreas fora do perigo de desmoronamentos e de traficantes e que sejam de fácil acesso. Local de moradia de gente inocente virando bunker de bandido é cruel e desumano. É muito caro? Concordo… comecem desestimulando as pessoas de morarem por lá e impeçam novos barracos…cadê a lei ambiental. Utilizem do esquema logístico do exército, afinal neste caso o exército serve para que, não é para nos proteger também?

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