Um pouco da História e imagens do Ádamo GTM C2 Conversível


21 de janeiro de 2011|1 Comentário

Como recebemos elogios de usuários estes dias, resolvemos dar uma espiada no blog Esse Vale Uma Foto. Nele pudemos ver várias fotos de carros antigos, alguns deles em ótimo estado e outros nem tanto, inclusive abandonados ( é uma pena). Porém um deles nos chamou a atenção por ser quase uma raridade nas ruas hoje em dia. Trata-se do Adamo GTM C2, o Adamo conversível, um belo exemplar nacional de veículo conversível e numa roupagem típica dos grandes como a Ferrari, vermelho sangue. Tudo bem que esse sangue está pra lá de mortinho.

As plantas crescendo dentro dele são um caso a parte, dá dó.  Dá prá notar também que ele tem as quatro rodas de outro esportivo nacional, o Miura Sport, bem inteiras. Segundo o pessoal do blog  o carro está abandonado mas tem dono e se encontra na região do Rio de Janeiro, próximo a ilha do Governador.

Um pouco da História do Modelo – retirada do site da Quatro Rodas

Durante décadas, o sonho proibido de ter um importado embalou a indústria nacional dos fora-de-série. Eram feitos por pequenas empresas, cada uma com o objetivo de produzir seu modelo como se fosse único, ainda que a intenção fosse em parte freada pela escassez de componentes. A mecânica, em geral, era a do VW a ar. O esforço para se diferenciar nas formas produziu interessantes resultados, e o Adamo é um bom exemplo. Com linhas arrojadas e características dignas de um verdadeiro esportivo, o Adamo se sobressaía no quesito em que menos se esperava dele: o consumo.

A marca, que tinha como símbolo um cavalo-marinho, expôs o primeiro protótipo no Salão do Automóvel de 1968. Em 1970, Milton Adamo, criador da empresa, apresentou o modelo GT. Por ser montado sobre a plataforma Volkswagen, conservava comportamento de Fusca 1300. A maior diferença era creditada ao desenho ousado da carroceria de fibra de vidro. O resultado foi uma mistura de bugue com roadster, já que não possuía portas ou teto rígido. Em 1972, após 150 carros, o modelo foi descontinuado.

No Salão de 1974, a Adamo lançou o GT-2. A novidade, além do novo desenho, foi o motor 1500 da Volks. As linhas da carroceria o credenciavam como concorrente do Puma e do SP-2. Na dianteira, o destaque são os quatro faróis sem cobertura plástica. Na traseira, o carro fazia os brasileiros sonharem com os grandes esportivos, como a Ferrari Dino. Os bancos anatômicos agora só acomodavam duas pessoas. O espaço traseiro ficava reservado para ser um complemento do pequeno porta-malas. Ainda na fase do GT-2 começaram as negociações entre Milton Adamo e a Volkswagen para o carro receber o motor do Fusca 1600. Em 1979, foi lançado o modelo GTL, que veio a ser concorrente do Dardo e do Puma GTE.

A carroceria era fechada, inspirada na Ferrari 308 GT. Na dianteira, o GTL vinha com faróis escamoteáveis, e na traseira, lanternas de Alfa Romeo 2300 Ti. O painel tinha formato semi-elíptico, voltado para o motorista. Alguns instrumentos essenciais para um piloto, como conta-giros e manômetro de óleo, ficam à esquerda, bem na linha de visão que o piloto tem da pista. Os interruptores vieram do Fiat 147.

Diante das belas formas, a performance decepcionava. Mesmo com o motor 1.6, com carburação dupla e escapamento de Puma, os parcos 70 cv não empolgavam. Com o desempenho modesto, os freios, com discos na frente e tambor atrás, ficaram superdimensionados.Depois do GTL, o 1.6 a ar permaneceu nas versões GTM e no C2, ambas conversíveis. O que aparece na foto abaixo é um GTM 1984, reconhecido pelas lanternas de Brasilia. O carro pertence ao mineiro Ivahy Antônio de Souza e está com 35 000 quilômetros. O modelo mantém as características dos Adamo anteriores – carroceria de fibra sobre chassi VW.

Ao volante do Adamo, em plena aceleração, ouve-se o característico ruído metálico do motor 1600 de carburação dupla. O conversível ainda possui a capota de vinil original com maçanetas de Alfa Romeo. No fim dos anos 80, a Adamo lançou o CRX com motor 1.8 refrigerado a água. A despedida do modelo se deu com o AC 2000, com o 2.0 da VW. Uma evolução, sem dúvida, mas ainda aquém do que se esperava de um carro com tamanho apelo visual.

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