Teste com o MPG-CAPS


23 de janeiro de 2009|2 Comentários

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Poucas vezes recebemos tantos pedidos de teste de um produto como no caso do MPG-CAPS, comprimido que promete reduzir o consumo do carro. Até mecânicos e lojistas escreveram para perguntar se ele funcionava mesmo. Produzido pela Fuel Freedom International (FFI), o produto promete diminuir a emissão de poluentes, aumentar a potência, evitar depósitos de carbono e – o grande chamariz – reduzir o gasto de combustível. Infelizmente, a embalagem traz poucas informações, e tudo em inglês. Porém, conversando com revendedores, descobrimos que a queda no consumo deveria variar entre 7% e 14%.

O MPG-CAPS serve para álcool, gasolina e diesel.

Outro diferencial do MPG-CAPS é que ele só é comprado de vendedores espalhados pela internet. Ele não é comercializado em lojas, hipermercados ou por um fornecedor principal, e sim por uma rede de distribuidores em sistema de pirâmide, em que um revendedor indica outro. Por isso, entramos em contato com o representante da FFI no Brasil para ter certeza de que teríamos o produto oficial.

Recebemos um caixa com 30 comprimidos (preço médio de 70 a 80 reais), com dados apenas em inglês – segundo a FFI, os compradores recebem um manual em português para saber como usar as pílulas.

Para o teste, utilizamos um Ford Focus 1.8 2000/2001 a gasolina com 96 700 quilômetros rodados. Primeiro levamos o carro para nossa pista de Limeira (SP) e fizemos a medição de consumo. Depois, seguindo as informações da empresa, usamos a dose recomendada e rodamos até gastar dois tanques completos, para fazer o “tratamento inicial” no motor. No caso do tanque de 55 litros do Focus, a dose é um comprimido e meio. Os anúncios dizem que há resultados após o primeiro tanque, mas fomos orientados a usar dois, para máxima eficiência.

Após o “tratamento” do motor, voltamos à pista e fizemos uma nova medição. Resultado? Nenhum. Não houve melhora alguma no consumo, como pode ser verificado no quadro abaixo. A FFI não soube explicar por que não houve melhoria, mas diz que o produto funciona e que existem até laudos de universidades brasileiras e órgãos americanos comprovando sua eficácia. Porém, até o fechamento desta edição, nenhum desses laudos chegou até nós.

Fonte : Quatro Rodas

 

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