Novidades do 11º Salão Duas Rodas incluem BMW de 1200 cc e até Motocars para transporte de passageiros e entregas


30 de setembro de 2011|Sem Comentários

Começa na próxima semana, na terça o 11º Salão Duas Rodas, no pavilhão de exposições do Anhembi. O  evento é o maior do País no segmento de motos e deve ter 250 visitantes. Se o clima ajudar, é possível que supere essa expectativa, já que haverá várias atrações na área externa.

A edição anterior, de 2009, atraiu 246.306 pessoas.

Estarão lá este ano 445 expositores. O evento não é apenas uma vitrine para motos, já que reúne fabricantes e importadores de tudo o que se relaciona ao setor, como capacetes, roupas, bauletos, acessórios e motopeças. Uma área de 2% a 5% do evento abrigará bicicletas e itens desse segmento.

A Agressiva R 1200 R da BMW no estilo naked que mostra o puro veneno das altas cilindradas

No caso das motos BMW, o destaque vai ficar para o modelo R 1200 R Classic. Com estilo naked, quer dizer, nua, sem carenagem, ela é equipada com o tradicional motor boxer da marca, com 110 cv de potência. A moto tem como item opcional suspensões com ajuste eletrônico, que garantem conforto de rodagem, especialmente em estrada.

Seu preço sugerido deve ficar entre R$ 55 mil e R$ 60 mil. A marca dá pistas de que haverá outras novidades além dessa. Também é provável que a BMW anuncie a montagem local de mais modelos. Atualmente, três motos são nacionalizadas na fábrica da Dafra, em Manaus: a G 650 GS, a F 800 R e a F 800 GS.

Dafra mostra a Apache RTR 150 (Racing Throttle Response)

Dos pavilhões estrangeiros se destacam os da China e Taiwan, Espanha, Paquistão e Índia. Entre os expositores indianos estarão os representantes da Hero Motocorp, que traz sete modelos de moto em busca de representantes. A Hero certamente vem atraída pelo sucesso que a moto Apache 150 ( foto logo acima) vem fazendo aqui no Brasil. O modelo é montado aqui com peças da indiana TVS e é hoje a moto mais vendida pela Dafra.

Além do festival de motos de alta cilindrada e sofisticada, podemos destacar também os triciclos Motocar, semelhantes aos tuk-tuks indianos. O modelo de passageiros, MTX 150, (foto logo abaixo) o mais acessível, R$ 8.950. A versão de carga tem opção de caçamba aberta (MTA 150, acima) ou fechada, com baú de poliuretano (MTF 150). Para estas, o preço sugerido é de R$ 11,5 mil.

A fábrica dos triciclos está instalada em Manaus e tem atualmente oito pontos de venda, seis no Amazonas e dois no Pará. A vinda ao Anhembi abre perspectivas: “A intenção é que sejam 70 revendas até julho do ano que vem”, afirma o diretor industrial da empresa, Júlio de Almeida. “A margem bruta do revendedor oscila entre 18% e 20%”, estima o empresário, que iniciou a produção dos triciclos em abril.

“Fazemos de 10 a 12 unidades por dia, metade para passageiros e metade para carga. A capacidade instalada é de 30 veículos por dia.” Segundo Almeida, a aceitação do modelo para passageiros está acima do esperado: “O uso mais frequente é no mototáxi, embora haja municípios que não permitam a utilização para esse fim”, diz o executivo.

O modelo carrega dois passageiros, além do condutor, o que dá uma boa vantagem sobre as motocicletas. “Atendemos a resolução 129 do Contran. O veículo tem freio de estacionamento, pisca-alerta, limpador de para-brisa e luz de ré”, ressalta Almeida.

A versão para carga transporta até 350 quilos ou 2.200 litros. Todos os modelos utilizam um motor semelhante àquele adotado na Honda CG 125 de 1977 até 2008 (com comando de válvulas no bloco e varetas), mas com a cilindrada aumentada para 150 cc. “Ele é montado por nós a partir de componentes nacionais e importados do Japão e da Ásia”, afirma. Os chassis também são montados em Manaus.

A versão de passageiros usa componentes trazidos… do Peru, quem diria! O escudo e parte da cabine são de metal. As laterais e o teto usam lona plástica, como as capotas de buggies, jipes e charretes. A versão de carga tem o escudo frontal importado da Ásia. A caçamba aberta é nacional e o baú fechado vem desmontado da Ásia.

Segundo o fabricante, a velocidade máxima é de 65 km/h. O tanque de gasolina comporta 13 litros. A Motocar informa consumo um tanto otimista, em média de 30 km/l (tem moto de 150 cc que não alcança essa marca levando apenas o piloto). Os Motocars exigem carteira de habilitação na categoria A, a mesma das motos. E, como estas, atende ao Promot 3, o programa que regula as emissões de veículos de duas rodas.
Fonte: Automotive Business

 

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