Lei Americana aprovada esta semana vai dar até U$4.000 para motoristas trocarem carros beberrões


21 de junho de 2009|Sem Comentários
Que tal trocar um Challenger RT 05 por um Nano???

Que tal trocar um Challenger RT 05 por um Nano???

 

 

Cerca de R$ 2 bilhões, em incentivos para que consumidores troquem seus veículos “beberrões” (a medida é chamada em inglês de “cash-for-guzzlers bill”) por modelos novos e mais eficientes.  

 

De acordo com a agência Automotive News, o novo projeto de Lei seguirá para a assinatura do presidente Barack Obama. Pela proposta, bônus de US$ 3.500 a US$ 4.500 (algo entre R$ 7 mil e R$ 9 mil) serão oferecidos aos consumidores que concordarem em trocar seus automóveis por modelos mais eficientes. O objetivo é incentivar a indústria automotiva, que há meses enfrenta baixos níveis de vendas, e também aumentar a economia de combustível do país, colocando no mercado novos carros e picapes com maior autonomia.

Veja que não é difícil: o carro novo teve ter consumo combinado (cidade/estrada) de 9,35 km/l. Se for picape leve, de 7,65 km/l. E se for picape pesada, de 6,37 km/l. Com um detalhe: os números devem ser, no mínimo, 1,7 km/l melhores do que o beberrão antigo. Aí o cliente recebe os US$ 3.500.

Agora, se o carro novo rodar 4,25 km/l a mais do que o antigo (exemplo: o beberrão fazia 6 km/l combinados; o novo roda 11 km/l), o incentivo é o maior, de US$ 4.500.

Pelos cálculos do departamento equivalente à Comissão de Orçamento do Congresso americano, a medida deve resultar na venda de até 150 mil carros novos.

cash-for-guzzlers-pd

DE CURTO A LONGO PRAZO

A medida de incentivo entrará em vigor um mês após ser assinada pelo presidente Barack Obama e deve seguir até 1º de novembro.

No entanto, há um movimento de senadores interessado em aprovar a implantação da bonificação a longo prazo, medida que deverá ser aprovada até o início do novo ano fiscal americano, a partir de 1º de outubro, para ter valor.

Aqui no Brasil a decisão do governo de suspender a cobrança do IPI deu certo e esquentou o mercado, afastando (temporariamente?) a crise do setor automobilístico. Nos EUA e na Europa, no entanto, a iniciativa é mais, digamos, polpuda.

Medidas análogas foram adotadas na Inglaterra e na França. A Argentina joga do outro lado: financia as fábricas que estiverem em dificuldades. Basta mostrar ao governo situação ruim desde agosto do ano passado e pronto: lá vem a ajuda.

E aqui no Brasil? Medida como essa poderia funcionar, se as fábricas adotassem, por exemplo, a etiqueta indicativa de consumo. Lembra-se dela? Pois é. Foi apresentada, mas só cinco marcas (Kia, Volkswagen, Honda, Fiat e Chevrolet) entraram na primeira fase do programa.

Etiqueta veicular
Etiqueta segue o formato daquelas de geladeira: simples e fácil de ler

Quando outras aderirem – ou melhor, quando todas as 35 entrarem – vai ser possível ter algo assim. Hoje há várias fábricas que não declaram seus números de consumo, argumentando que “juízes podem indenizar o comprador que não conseguir atingir tal marca”.

Puro absurdo – não só a empresa deixar de informar o cliente, mas um juiz ser capaz de ignorar as normas utilizadas pela fabricante para obter seus dados de desempenho em laboratório. Enquanto isso, vamos do jeito que dá.
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