Bimota TESI 3D

Postado em » Duas Rodas

11 de maio de 2009|Sem Comentários

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A arte de juntar duas rodas, um quadro, um motor, um guidão e outros componentes, formando uma motocicleta, ganhou outra dimensão, com a exclusiva marca italiana Bimota, quando a fábrica de Rimini apresentou o excêntrico modelo Tesi 3D.

Com revolucionária suspensão dianteira, um quadro extremamente compacto, em forma de arco, lembrando a letra grega ômega, e um motor de dois cilindros em L, herdado da Ducati, o modelo será produzido em série limitada de 29 unidades.

Para identificar cada exemplar, haverá uma placa em ouro com o número da moto e o nome do proprietário. A exclusividade vai custar cerca de 30 mil euros (R$ 85 mil).

A história da Bimota começa com a união de três apaixonados por motocicletas, que emprestaram as iniciais de seus nomes para batizar a marca. Bianchi, Morri e Tamburini.

O último é o badalado Massimo Tamburini, projetista da Ducati e MV Agusta.

Já a Tesi 3D surgiu em um banco de universidade.

Experiência

O jovem engenheiro Pierluigi Marconi apresentou como tese (tesi, em italiano) de graduação, nos anos 90, o projeto de uma exótica moto, que acabaria saindo do papel e virando uma das estrelas da marca.

A nova Bimota Tesi 3D é uma evolução dos projetos anteriores. Um dos destaques é o sistema de suspensão dianteiro, batizado de Pull Rod, com braços oscilantes em fibra de carbono paralelos ao chão, ligados ao quadro, e um amortecedor a óleo pneumático regulável, com 115 mm de curso.

O interessante sistema rebaixa o centro de gravidade e desassocia os sistemas de direção (24 graus de ângulo de esterçamento) e de suspensão, que funcionam independentemente.

Porém, criou outro curioso efeito visual. Com a balança dianteira semelhante à traseira, fica a dúvida se a moto está indo, ou vindo… Outra inovação é que, sem espaço, ocupado pela suspensão, as pinças (radiais Brembo) do freio dianteiro foram parar na parte inferior dos discos de 320 mm. Se a posição é inédita e vulnerável, pelo menos rebaixa ainda mais as massas.

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Quadro

Outra notável obra de engenharia é o quadro. Forjado em alumínio, lembra o formato de uma dupla letra grega ômega, ou um arco de cada lado da moto. Extremamente compacto, consegue conectar toda a moto, em espaço reduzido, diminuindo também o peso e a complexidade.

O conjunto ganhou visual extremamente agressivo e diferenciado, que se transforma em uma espécie de ponto turístico ambulante. Os escapes têm saída alta, com duas enormes ponteiras triangulares, e a frente é bicuda, com as setas integradas aos espelhos retrovisores.

O motor é um dois cilindros em L da Ducati, com 1.079 cm³ de cilindrada, refrigeração a ar e óleo e o tradicional comando desmodrômico (age nos balancins para abrir e fechar as válvulas).

A injeção eletrônica e o mapeamento do motor foram alterados pela Bimota, que não fornece a potência, mas deve ficar próxima dos 100 cv, já que a Multistrada, que usa o mesmo propulsor, desenvolve 95 cv a 7.750 rpm.

A suspensão traseira é mono, regulável, com 130 mm de curso. O freio traseiro tem disco simples de 220 mm. As rodas têm aro de 17 polegadas, o câmbio é de seis marchas e o peso a seco é de 168 kg

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O piloto de testes do site MCN, da Inglaterra, especializado em motos, está sendo o primeiro a testar a terceira geração da  Bimota Tesi, a 3D.

Veja o que ele comentou sobre ela: “Apenas um exemplar dessa moto radical existe por enquanto, e na forma de uma mula de pré-testes. Andei com o piloto de testes da Bimota em estradas perto da fábrica italiana em Rimini, e apesar de as estradas serem bem escorregadias, ainda assim consegui sentir que ela estava indo muito bem.”

“Ela é bem confortável para uma moto totalmente esportiva. O maior elogio que podemos dar a ela é seu guidão bem confortável, que me fez sentir como em uma moto convencional.”

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Fonte:  MotosBr

 

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